É aqui neste vale, ao qual não chega
Humana voz e o tumultuar das turbas,
Onde o nada da vida sonda livre
O coração, que busca ir abrigar-se
No futuro, e debaixo do amplo manto
Da piedade de Deus: aqui serena
Vem a imagem da campa, como a imagem
Da pátria ao desterrado; aqui, solemne,
Brada a montanha, memorando a morte.
Essas penhas, que, lá no alto das serras
Nuas, crestadas, solitárias dormem,
Parecem imitar da sepultura
O aspecto melancólico e o repouso
Tão desejado do que em Deus confia.
Bem semelhante à paz, que se ha sentado
Por séculos, ali, nas cordilheiras
É o silêncio do adro, onde reúnem
Os cyprestes e a cruz, o céu e a terra.
Como tu vens cercado de esperança,
Para o innocente, oh plácido sepulchro!
Junto das tuas bordas pavorosas
O perverso recua horrorizado:
Após se volve os olhos; na existência
Deserto árido só descobre ao longe,
Onde a virtude não deixou um trilho.
Mas o justo, chegando à meta extrema,
Que separa de nós a eternidade,
Transpõe-na sem temor, e em Deus exulta.
O infeliz e o feliz lá dormem ambos,
Tranquillamente: e o trovador mesquinho,
Que peregrino vagueou na terra,
Sem encontrar um coração ardente
Que o entendesse, a pátria de seus sonhos,
Ignota, por lá busca; e quando as eras
Vierem junto às cinzas colocar-lhe
Tardios louros, que escondera a inveja,
Ele não erguerá a mão mirrada,
Para os cingir na regelada fronte.
Justiça, glória, amor, saudade, tudo,
Ao pé da sepultura, é som perdido
De harpa eólia esquecida em brenha ou selva:
O despertar um pae, que saboreia
Entre os braços da morte o extremo somno,
Já não é dado ao filial suspiro;
Em vão o amante, ali, da amada sua
De rosas sobre a c'roa debruçado,
Régua de amargo pranto as murchas flores
E a fria pedra: a pedra é sempre fria,
E para sempre as flores se murcharam.
Humana voz e o tumultuar das turbas,
Onde o nada da vida sonda livre
O coração, que busca ir abrigar-se
No futuro, e debaixo do amplo manto
Da piedade de Deus: aqui serena
Vem a imagem da campa, como a imagem
Da pátria ao desterrado; aqui, solemne,
Brada a montanha, memorando a morte.
Essas penhas, que, lá no alto das serras
Nuas, crestadas, solitárias dormem,
Parecem imitar da sepultura
O aspecto melancólico e o repouso
Tão desejado do que em Deus confia.
Bem semelhante à paz, que se ha sentado
Por séculos, ali, nas cordilheiras
É o silêncio do adro, onde reúnem
Os cyprestes e a cruz, o céu e a terra.
Como tu vens cercado de esperança,
Para o innocente, oh plácido sepulchro!
Junto das tuas bordas pavorosas
O perverso recua horrorizado:
Após se volve os olhos; na existência
Deserto árido só descobre ao longe,
Onde a virtude não deixou um trilho.
Mas o justo, chegando à meta extrema,
Que separa de nós a eternidade,
Transpõe-na sem temor, e em Deus exulta.
O infeliz e o feliz lá dormem ambos,
Tranquillamente: e o trovador mesquinho,
Que peregrino vagueou na terra,
Sem encontrar um coração ardente
Que o entendesse, a pátria de seus sonhos,
Ignota, por lá busca; e quando as eras
Vierem junto às cinzas colocar-lhe
Tardios louros, que escondera a inveja,
Ele não erguerá a mão mirrada,
Para os cingir na regelada fronte.
Justiça, glória, amor, saudade, tudo,
Ao pé da sepultura, é som perdido
De harpa eólia esquecida em brenha ou selva:
O despertar um pae, que saboreia
Entre os braços da morte o extremo somno,
Já não é dado ao filial suspiro;
Em vão o amante, ali, da amada sua
De rosas sobre a c'roa debruçado,
Régua de amargo pranto as murchas flores
E a fria pedra: a pedra é sempre fria,
E para sempre as flores se murcharam.