Fora-se o mês de abril. Numa tarde calmosa
E de uma limpidez vibrante e luminosa,
Na poeirenta estrada, o cavaleiro andante
Passava como um rei, num séquito brilhante.
Cumprira o voto enfim! Na última batalha,
Com o enorme fragor do abater da muralha,
Do exército agareno o emir mais triunfante
Tombara-lhe a seus pés, a golpes de montante!
As palmeiras viris, num lento ramalhal,
Saudaram-no de assombro, ao verem-no passar.
O curso de um regato, as fontes do caminho,
Em doce aclamação cantaram-lhe baixinho.
Um colibri modulou-lhe em notas de cristal
De um baobá gigante, um hino triunfal.
E o próprio Sol, ao longe, antes de se esconder,
Enviou-lhe, eclipsado, um raio fulvo, a arder!
Porém ao cavaleiro, épico e sonhador,
Só sorria o prazer dessa noite de amor.
E entre a turba hostil de ferros e pendões
Lá ia, num galope, em loucos turbilhões,
Qual outro Lohengrin, olímpico e risonho,
Correndo à embriaguez balsâmica de um sonho.
E de uma limpidez vibrante e luminosa,
Na poeirenta estrada, o cavaleiro andante
Passava como um rei, num séquito brilhante.
Cumprira o voto enfim! Na última batalha,
Com o enorme fragor do abater da muralha,
Do exército agareno o emir mais triunfante
Tombara-lhe a seus pés, a golpes de montante!
As palmeiras viris, num lento ramalhal,
Saudaram-no de assombro, ao verem-no passar.
O curso de um regato, as fontes do caminho,
Em doce aclamação cantaram-lhe baixinho.
Um colibri modulou-lhe em notas de cristal
De um baobá gigante, um hino triunfal.
E o próprio Sol, ao longe, antes de se esconder,
Enviou-lhe, eclipsado, um raio fulvo, a arder!
Porém ao cavaleiro, épico e sonhador,
Só sorria o prazer dessa noite de amor.
E entre a turba hostil de ferros e pendões
Lá ia, num galope, em loucos turbilhões,
Qual outro Lohengrin, olímpico e risonho,
Correndo à embriaguez balsâmica de um sonho.